domingo, 26 de dezembro de 2010

nada além disto.
 Tenho andado procurando as palavras apropriadas e o momento certo pra escrever, não tenho encontrado.
Dia 19 eu perdi um conto incrível que apareceu na minha mente, simplesmente porque eu estava meio que dormindo e quando acordei totalmente, esqueci.
Tenho divagado muito dentro de mim sobre muitas coisas e pessoas, sobre meu passado, sobre as influencias que o exterior causou na vulnerável criança que eu fui, e que até hoje sopram como fantasminhas de vez em quando.

Cada vez menos tenho chegado a conclusões satisfatórias.

Estamos em época de natal e eu não posso deixar de lembrar que desde que meu pai se foi eu não sei o que é natal, não sei o que ser uma criança que ganha presentes de natal e de aniversário. Ele se foi a quase dez anos, já deveria ter me acostumado com como as coisas se tornaram. De fato, já me acostumei. Acostumei até demais. Não sei o que é ter pai a muito tempo, como é ser abraçada e amada por um. Como é chamar alguém de "papai", ou falar "vou contar tudo pro meu pai".  E é exatamente isso que me dói.

Os dias, sempre cheio de coisas vazias. As cartas cada vez mais sem remetentes. E a felicidade sempre se tornando algo mais abstrato.Ainda tenho algo chamado esperança.

Vou ser sincera. A verdade é que eu ando vazia demais pra escrever.

Me perdoem.

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