segunda-feira, 1 de março de 2010

Choro Calado

E quando leio e quando ouço e quando falo, não mais choro. Apenas um choro calado que não precisa mais falar. Já sei que dói. Dorzinha profunda e gostosa que me faz sentir viva. Que faz tudo ter valido a pena. Apenas isso.
E isso é o normal. O choro agora é controlável.

Ouvindo músicas que a tempo não ouço sinto coisas que a tempo não sinto. Sentimentos remoídos, tristezas antigas, dores que já fazem parte de mim. Coisas que se tornaram quem sou hoje.
A gente vai vivendo, vai aprendendo, vai sofrendo e vai respectivamente esquecendo quem éramos, quem fomos e quem somos. Precisamos mudar pra poder sobreviver na selva em que entramos quando acordamos, as seis horas da manhã. E vamos aos poucos nos esquecendo de quem gostamos de ser. Do que gostamos de sentir. Da nossa real essência.

Eu gosto de sentir isso que estou sentindo agora, que é indescritível. Mas amanhã, talvez sinta não o que eu gosto, mas o que preciso aprender a gostar pra sobreviver.

É isso.

Um comentário:

Najla Salih disse...

um eterno aprendizado, é isso o que temos na vida.