E quando leio e quando ouço e quando falo, não mais choro. Apenas um choro calado que não precisa mais falar. Já sei que dói. Dorzinha profunda e gostosa que me faz sentir viva. Que faz tudo ter valido a pena. Apenas isso.
E isso é o normal. O choro agora é controlável.
Ouvindo músicas que a tempo não ouço sinto coisas que a tempo não sinto. Sentimentos remoídos, tristezas antigas, dores que já fazem parte de mim. Coisas que se tornaram quem sou hoje.
A gente vai vivendo, vai aprendendo, vai sofrendo e vai respectivamente esquecendo quem éramos, quem fomos e quem somos. Precisamos mudar pra poder sobreviver na selva em que entramos quando acordamos, as seis horas da manhã. E vamos aos poucos nos esquecendo de quem gostamos de ser. Do que gostamos de sentir. Da nossa real essência.
Eu gosto de sentir isso que estou sentindo agora, que é indescritível. Mas amanhã, talvez sinta não o que eu gosto, mas o que preciso aprender a gostar pra sobreviver.
É isso.
Um comentário:
um eterno aprendizado, é isso o que temos na vida.
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